5 de nov. de 2010

Prisioneira do meu Próprio Pesadelo

Isabela Kalikoski

Aprendi a viver nesse mundo que eu mesma criei como forma de fugir da realidade. Um mundo feito de tristezas e solidão, um lugar onde não preciso fingir e viver de aparências. Por pior que pareça, é o mundo onde, hoje, eu encontro afinidade e uma paz ilusória. Viver de aparências para que os outros não se afastem demais, não pensem que essa tristeza é minha mais nova característica, se tornou uma rotina agonizante. Quando desejo apenas chorar e viver toda essa angústia que tenho por dentro, sou obrigada a sorrir. Acho que esqueci como é viver intensamente, me tornei fria e insensível, já não sei mais amar, brincar ou sorrir. Simplesmente não sei mais ser feliz, vivo num imenso vazio que a cada dia se apodera mais do meu ser. Por mais que eu queira e tente sair desse mundo, deixá-lo para trás, já não consigo mais, me tornei prisioneira do meu próprio pesadelo.

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